Uma reflexão minha
Se você me acompanha no Instagram, sabe que recentemente comecei a correr e tracei a meta de correr a Meia Maratona de São Paulo, no dia 21 de Abril, em menos de duas horas.
Só para trazer um pouco de contexto, o máximo que corri na vida foi 18km quando morava em Niterói, e mesmo assim foi só uma vez, sem nem ter treinado direito. Não preciso falar que não foi uma experiência muito agradável, né?
Então há 6 anos eu não corro distâncias acima de 3km com regularidade. Comecei a treinar mais ou menos no final do ano passado, mas estou treinando de verdade há 3 semanas, e já quero reforçar o que sempre falo para vocês.
Quer começar a treinar algo específico? Tenha um bom treinador.
Estou treinando com uma aluna do box que é especialista em corrida, e ela está fazendo TODA diferença no processo.
Voltando, semana passada fiz meu primeiro treino mais longo, tinha que rodar 1:10h, consegui um pace médio de 5:45, totalizando 12km. Foi desafiador, rolou uma briga mental boa para não parar ou deixar o pace cair, mas deu.
Como estava receoso, nesse treino fui num local mais plano aqui perto de casa.
Já hoje, decidi que ia dar duas voltas aqui na Sumaré, que é do lado da minha casa e tem uma altimetria relevante (bastante subida). Já fui sabendo que ia ser ruim, foi um pouco pior kkk.
Foram duas voltas, e a subida da segunda me castigou. Tinha me preparado, ganhado alguns segundos do pace médio e depois consegui recuperar mais na subida, mas pensa numa briga mental fudida, foi o que rolou.
E isso me trouxe a reflexão que postei no Instagram, quem faz CrossFit deveria correr, quem corre deveria fazer CrossFit, e quem não faz nada deveria fazer os dois.
No CrossFit aprendemos a alcançar um nível de esforço, uma intensidade, que não estamos acostumados, que muitas vezes nem imaginávamos ser possível.
Aprendemos a aguentar uma dor aguda, que muitas vezes traz até uma sensação desesperadora, parece que o ar não vai entrar, e aguentamos isso por períodos curtos de tempo, até porque seria impossível por períodos longos.
Eu digo que no CrossFit, lembramos que não somos de vidro.
Mas como falei, isso dura 10, 20, no máximo 30 minutos, e é aqui que entra a corrida.
Na corrida não adianta você pensar que está acabando e que já vai passar, porque não vai.
Você tem que aceitar que vai sentir aquela dor, aquele desconforto, por um longo período de tempo e aprender a lidar com isso.
Se no CrossFit você manda sua mente calar a boca 1, 2, 3 vezes por treino, na corrida você manda 10, 20, 30.
E é justamente esse volume de repetições que vai te fazer evoluir mentalmente, que vai deixar sua cabeça mais resistente, forte e resiliente.
Agora entra a melhor parte, isso é importante nos esportes, no treino? Claro que é.
Mas é MILHARES de vezes mais importante na nossa vida, para lidarmos com problemas e imprevistos do nosso dia a dia.
No CrossFit você vai aguentar muita dor, por curtos períodos de tempo.
Na corrida você vai aprender a aguentar uma dor mediana, por longos períodos de tempo.
E é isso que vai te tornar um profissional melhor, um pai melhor, uma mãe melhor, um amigo(a) melhor.
Duas coisas que aprendi
Compaixão Tóxica;
Esse é um conceito cunhado pelo Chris Williamson, host do Modern Wisdom Podcast. (Que inclusive recomendo que ouçam)
Já trouxe à tona duas vezes nos novos episódios do Seeking Growth, que vão sair em breve, e acho que é um dos grandes problemas da nossa sociedade hoje em dia.
"Compaixão Tóxica é a priorização do conforto emocional de curto prazo em detrimento dos resultados de longo prazo, da verdade, da realidade, do florescimento, enfim, de tudo.
É uma otimização para parecer que está fazendo o bem, em vez de realmente fazer o bem.
Isso é visto em grande parte da cultura popular como algo desejável, justo e empático a se fazer.
As pessoas preferem afirmar que a gordura corporal não tem influência nos resultados de saúde e mortalidade para evitar que os indivíduos com excesso de peso se sintam chateados.
Mesmo que isso faça com que morram literalmente mais cedo ou tenham uma pior qualidade de vida a longo prazo.
Os pais preferem permitir que os filhos joguem no computador ou usem telas e acessem as redes sociais todas as noites, ao invés de lidar com o desconforto de tirar isso deles.
Mesmo que isso arruíne o desenvolvimento do cérebro, as habilidades sociais e a auto-estima."
A inteligência artificial chegou para ficar, ou você aceita, aprende, e usa a seu favor, ou vai ficar para trás;
Eu nunca parei para realmente estudar sobre inteligência artificial, principalmente na questão de produção de conteúdo.
Podemos dizer que eu sou mais "raiz" quando se trata disso, mas to sentindo que to ficando para trás, e esse é um dos motivos.
A cada dia que passa as redes sociais cobram mais volume dos criadores. Qualidade até é importante, mas quantidade é mais, e sem usar os recursos disponíveis pela IA, fica bem difícil produzir em larga escala.
Então estou começando a usar alguns aplicativos, não apenas o Chat GPT, mas por exemplo, um Plugin que edita o podcast praticamente sozinho. Isso vai me poupar horas por semana.
Se quiserem que eu vá compartilhando essas ferramentas, me avisem depois.
Três citações que estou refletindo sobre
"Ligar para o que outras pessoas acham de você não faz sentido porque geralmente as pessoas não gostam nem delas mesmas." Chris Williamson
"O que quer que não esteja mudando, está escolhendo."
Desconhecido
Quando você deixa de pensar na posteridade, você cede às suas vaidades."
Machado de Assis
Finalmente cheguei a um formato da newsletter que me agradou. Foi muito inspirado na do James Clear (3-2-1), aqui fizemos 1-2-3, e na do Chris Williamson.
Se você gostou, peço que compartilhe.
Aqui não tem algoritmo, aqui não tem página de recomendados, não tem tráfego pago, é o bom e velho boca a boca, então conto com você.
É só clicar no botão abaixo e enviar pros amigos e amigas.
Grande abraço, e até semana que vem.