"Axel, quem é você para falar sobre família, ou perguntar se dou o devido valor à minha?”
Alguém que não tem mais contato com ninguém da família na qual nasceu.
É isso mesmo, tenho só 31 anos, mas não tenho contato com nenhum parente de sangue, nenhum mesmo.
Sendo assim, falo com certa experiência, a família é uma daquelas coisas que tomamos por garantido, que achamos que estará ali à nossa disposição durante anos e anos, mas nem sempre isso é verdade, e só quando perdemos vemos o seu verdadeiro valor.
Eu fui criado pelos meus avós, e olhando para trás vejo as inúmeras oportunidades que tive de estar mais próximo deles, de ter aprendido mais com eles, de ter sorrido mais com eles, e simplesmente perdi, por no momento achar que outras coisas eram mais importantes.
Infelizmente, eu aprendi tarde demais, e hoje só me restam as memórias.
É óbvio que nem tudo são flores nos relacionamentos familiares, seja com os pais, com os avós ou com os irmãos, mas lembre-se que são os únicos pais, avós e irmãos que você terá para o resto da vida.
Se for possível resolver os conflitos e diferenças, resolva, não deixe a oportunidade de aproveitar esses momentos com sua família passar, por orgulho, ego ou vaidade.
E se você, como eu, já não tem mais ninguém, foque na construção da sua própria família.
Hoje em dia os valores estão completamente invertidos e distorcidos, é “legal” ser o solteirão ou a solteirona que pega todo mundo, que não se envolve em relacionamentos sérios, que não quer ter filhos, mas tire um pouco a cabeça do presente e pense no futuro.
Para onde isso vai te levar?
Quer chegar nos seus 40, 50, 60, 70 anos sozinho, ou sozinha?
Indo pra baladinha, enchendo a cara e usando droga para pegar alguém?
Sério?
Bom, não sei para você, mas esse cenário não me atrai nem um pouco.
Meu objetivo é construir a família que não tive, ser um bom marido, se Deus quiser, um bom pai e um bom avô.
Já me alonguei demais, por hoje, ficaremos por aqui.
Te desejo um Feliz Natal!
Grande abraço,
Axel.