O preço do progresso é a dor.
Uma reflexão minha
O preço do progresso é a dor.
Vocês vêm acompanhando o meu processo na corrida, hoje foi o dia ver se todo esse trabalho valeu a pena.
Bom, como você deve ter visto pelo Instagram, valeu.
A meta era fechar a meia maratona internacional de São Paulo abaixo de 2 horas.
Eu finalizei 21.1km, pelo relógio, em 1:57:32, mantendo um ritmo de 5:33/km.
No oficial, fechei a prova em 1:59:16, mantendo um ritmo de 5:41/km.
Durante os últimos meses foram altos e baixos.
Algumas boas corridas, muitas, mas muitas, péssimas corridas.
Fiquei um mês sem conseguir cumprir nenhum objetivo.
Há 2 semanas comecei a sentir o calcanhar e só fiz mais um treino, na terça passada, girando 8k num pace de quase 7/km.
Hoje, na hora do vamo ver, mantive um ritmo que eu NUNCA consegui manter em nenhuma corrida em 32 anos, por uma distância que eu NUNCA tinha chegado nem perto de percorrer.
E para conseguir isso paguei a "dor" necessária.
Lembre-se, nada, NADA relevante é conquistado sem sangue, trabalho, lágrimas e suor.
Então hoje eu quero te incentivar a procurar um desafio, seja físico, ou não, que vá te fazer passar por um processo como esse.
Porque só assim vai se tornar quem realmente pode ser.
Duas coisas que aprendi
Teoria do desejo mimético, uma das razões de sermos altamente influenciados, pro bem e pro mal.
"'A concepção romântica do desejo é ilusória', afirma René Girard, 85, membro da Academia Francesa e professor de Literatura Francesa na Universidade de Stanford. Sua teoria do desejo mimético indica que entre o sujeito e o objeto não existe somente o desejo, mas também o modelo, o mediador do desejo, ou o rival. O conceito de mimesis aqui estabelece o ponto central da articulação. Desde as sociedades primitivas, o desejo mediado é o desejo causador dos conflitos. Pela imitação, aprendemos a falar, a andar e a desejar. E, pela imitação do desejo alheio, competimos e rivalizamos, dando início a um ciclo de violência, capaz de se atenuar pelo sacrifício, neste caso, de uma vítima que acaba por aliviar as tensões do coletivo, reestabelecendo a paz momentânea. Torna-se inevitável, dentro deste esquema, que também o ciúme e a inveja façam parte da mimesis do desejo."
A evolução e a seleção natural são baseadas apenas na perpetuação da espécie?
"A evolução tem a ver com a sobrevivência dos genes mais aptos. Os genes são selecionados se forem copiados mais rapidamente do que os alelos rivais. As adaptações são projetadas para transmitir os genes que lhes deram origem. E os organismos não são máquinas de sobrevivência, máquinas de fazer bebes, máquinas de fazer netos, ou mesmo máquinas de exercício físico inclusivas. Os organismos – desde vermes a marmotas e humanos – são máquinas genéticas: biomáquinas concebidas para propagar o seu material hereditário."
Trecho do livro, "The ape that understood the universe".
Três citações que estou refletindo sobre (Hoje vão ser só duas porque uma é bem longa)
"You can either cry in the storm, or dance in the rain." - Matthew Mccnoghey
"Você pode chorar na tempestade, ou dançar na chuva."
"As noites em que você luta melhor são
quando todas as armas estão apontadas
para você, quando todas as vozes
lançam seus insultos
enquanto o sonho está sendo
estrangulado.
As noites em que você luta melhor
são quando a razão leva um chute no
estômago, quando as carruagens da
melancolia te cercam.
As noites em que você luta melhor
são quando o riso dos idiotas
preenche o ar, quando o beijo da
morte é confundido com o amor.
As noites em que você luta melhor
são quando o jogo é arranjado,
quando a multidão exige o seu sangue.
As noites em que você luta melhor
são numa noite como essa quando você expulsa do teu cérebro
mil ratos sinistros, quando você se rebela contra o
impossível, quando você se irmana dessa terna alegria e
segue em frente indiferente."
Charles Bukowski
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Ah, o episódio do podcast dessa semana está MUITO interessante.
É a primeira vez que converso com uma psicóloga e especialista em neurociências.
Se você tem interesse em saber porque agimos como agimos, clique aqui para assistir, ou aqui para ouvir.
Mais uma vez, muito obrigado.
Grande abraço,
Axel.